terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Torta chiffon de chocolate


Resolvi postar essa receita porque pretendo fazer pro Natal e queria dividir com vocês, vai que alguém decide fazer também né!
Ela é bem diferente porque a massa da torta é feita com castanha do Brasil. Essa receita é de um livro que o Luis me deu de aniversário ano passado chamado Chocolate. É um livro inglês da editora Love Food. E como o nome sugere todas as receitas são feitas com chocolate. Tortas, bolos, sorvetes, bombons, petit fours, cookies e por ai vai.

Quase um ano de blog e eu continuo péssima fotógrafa...

Como vocês podem observar, eu tirei as fotos do livro pois na época em que fiz a receita este humilde blog ainda não existia.
Ela é bem gostosa e fácil de fazer. O sabor da castanha faz toda a diferença. Eu tô pretendendo fazer um mix com as castanhas e nozes que tenho em casa pois acho que vai ficar gostoso também. Além desta torta vou fazer também uma pirâmide de carolinas mais ou menos pareceida com esta (meu primeiro post!), mas não com toda esta estrutura, tudo coladinho e perfeito pois não haverá tempo para tanto. De qualquer forma se ficar bonito eu mostro depois!

E vamos à nossa torta!

Massa:
225g de castanha do Brasil
4 colheres de sopa de açúcar refinado
4 colheres de chá de manteiga amolecida

Recheio:
225 ml de leite (gordo tá! acho que o desnatado aqui vai ficar meio aguado)
2 colheres de chá de gelatina branca
115g de açúcar de confeiteiro
2 ovos (clara e gema separadas)
225g de chocolate meio amargo
1 colher de chá de baunilha
150 ml de creme de leite fresco
2 colheres de sopa de castanha para decorar

Processe as castanhas para triturá-las. Em seguida adicione o açúcar e depois a manteiga. Espalhe numa forma de torta de 23 cm, pressionado o fundo e as laterais. Leve ao forno (200 graus) por 8 a 10 minutos, ou até dourar. Deixe esfriar.

Coloque o leite em uma vasilha e espalhe a gelatina. Mexa por 2 minutos e leve em uma panela em banho maria. Misture metade do açúcar de confeiteiro, as gemas e o chocolate picado. Mexa sem parar no fogo baixo até a gelatina dissolver e o chocolate derreter. Retire do fogo e mexa até ficar fofo, leve, cremoso. Misture a baunilha e leve à geladeira por uma hora.

Bata o creme de leite até virar chantilly. Separe 3 colheres de sopa e misture o restante no creme de choclate. Bata as claras em neve e adicione 2 colheres de chá do açúcar. Bata até ponto de suspiro. Coloque todo o açúcar restante no suspiro e misture tudo com o creme de chocolate.
Coloque o creme na massa (que já esfriou) e leve á geladeira por 3 horas.
Decore com o restante do chantilly e raspas de castanha.


Depois que eu escrevi toda receita percebi que as claras vão cruas . Minha tia tinha pedido pra eu não fazer doce com ovo cru. Será que se eu omitir as claras e aumentar um pouco o chantilly e a gelatina dá certo? Se alguém tiver uma sugestão, aceito tá!

Bom, aproveito pra desejar a todos um Feliz e abençoado Natal e que 2012 seja um ano especial cheio de sonhos realizados e metas alcançadas!
Agradeço o carinho de todos vocês que acompanham meu bloguinho, lendo, deixando comentários (aqui e no Facebook) e ano que vem tem mais receitas!

Beijo grande!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Salada Tropical


Minha mãe faz essa salada desde que eu era pequena criança e é sucesso total, pelo menos pra mim.
Fácil, rápida e acho que combina muito com Natal.
Já faz tempo que eu  queria postar essa salada, ai semana passada deu vontade. Fiz pra gente almoçar, mas fiz a receita inteira. Quando marido sentou perguntou se mais alguém ia almoçar em casa... Rende mesmo!
Substitui o frango defumado por peito de peru porque naquele dia foi mais conveniente (preço, facilidade de encontrar etc), mas recomendo que você use o frango, chester, tender ou até um queijo provolone ou parmesão no caso de uma salada vegetariana.

1 lata de abacaxi em calda
1 lata de milho
2 maçãs verdes
1chester ou frango defumado ou tender
1 lata de creme de leite
3 colheres de sopa de maionese
1 colher de sopa de molho inglês (coloquei 2)

Corte o abacaxi (bem escorrido) e as maçãs em cubinhos. Desfie o frango/chester ou corte o tender em cubinhos. Misture bem todos os ingredientes e leve à geladeira.

Eu servi com frango assado (comprado hihihi) e risoto de açafrão (próximos capítulos).



Pronto! Aposto que vai fazer sucesso na sua ceia junto com o peru, farofa e arroz com amendoas...hummm

Beijinhos

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pé de moleque



Andei sumida esta semana porque tive que fazer mudança... não gostei sabe! Um stress, montes de caixas, sujeira. E descobri que não é ecologicamente correto. Montes de plástico e papéis pra enrolar toda louça e copos, só de pensar me dá arrepio... Mas em dois dias conseguimos arrumar tudo e agora minha nova casa já parece um lar!

Outro dia recebi uma encomenda bem grande... 900 docinhos e 2 kg de pé de moleque! Adorei, tive ajuda de uma amiga anjo que veio enrolar docinhos comigo e consegui entregar tudo antes do horário determinado!
Nunca tinha feito pé de moleque antes de receber essa encomenda. Até porque é um doce que eu nunca tinha pensado em fazer. Nem sabia que era tão gostoso. Sim, eu sei, você está lembrando daquele pé de moleque que a gente ganha em festa junina de colégio. Mas esquece isso, o caseiro (pelo menos esse que eu fiz) não tem nada a ver com aquele.
É um doce que eu não levantaria do meu sofá pra fazer, mas se eu estivesse sentada no sofá com um pote dele não levantaria também.
Fiquei muito surpreendida com o sabor e a maciez e acho que a amiga que encomendou também gostou!

Nem sei direito de onde veio essa receita. Olhei muitas na internet, no livro da Dona Benta...mas é tudo bem parecido. Pensei nas quantidades que achei que seriam adequadas pra conseguir o resultado que eu imaginava e ai está:

500g de amendoim torrado e sem pele (vale a pena pagar mais caro do que pelar o amendoim em casa!)
500g de açúcar (bem light)
1 lata de leite condensado
1 colher de café de bicarbonato

Coloque em uma panela o amendoim e o açúcar. Mexa até começar a virar caramelo.



Assim que o açúcar começar a derreter coloque o leite condensado e o bicarbonato e mexa muito bem.


Cuidado porque isso queima e muito. Espirrou uma bolota no meu dedo e eu fiquei duas horas sem mexer de tanta dor!
Assim que desgrudar do fundo e das laterais da panela (ponto de brigadeiro) desligue o fogo e despeje numa assadeira untada com manteiga.


Quando esfriar um pouco, corte do tamanho desejado. Eu fiz quadradinhos bem pequenos porque ela ia colocar em potinhos pra entregar de lembrança do aniversário.
Viu que fácil! Quem disse que pé de moleque só pode na Festa Junina?

Beijos e bom fim de semana!

domingo, 27 de novembro de 2011

Pão de batata


Fazer pão é muito legal. Acho o máximo eu saber exatamente o que como, a qualidade dos ingredientes, se tudo está fresquinho. Queria ter tempo e ser mais magra  pra testar mil receitas, mas enquanto o tempo não se multiplica, faço esse pão que é rápido e satisfaz meus desejos por pão caseiro!

Esse pão de batata faz muito sucesso! Sempre faço aqui em casa e a gente adora. Outro dia fiz pra uma reunião de família e acredita que até a tia Clarice pediu a receita!? rsrsrs
A receita é do Testado, provado e aprovado, blog da tia Renata. Super fácil, relativamente rápido e fica mais gostoso ainda no dia seguinte.

Anota aí:
Ingredientes:
200g de batata cozida (deve ser pesada crua! Dá mais ou menos duas batatas grandes)
1/2 xícara de leite
1 ovo
1 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga amolecida
2 colheres de chá de fermento biológico seco
Mais ou menos 400g de farinha de trigo

Amasse a batata. Junte o leite, o ovo, o sal, o açúcar, a manteiga, o fermento e metade da farinha. Bata bem na batedeira ou com uma colher, até ficar bem pastoso. Acrescente a farinha aos poucos até que forme uma massa lisa e macia, Unte a tigela com óleo, coloque a massa, cubra com um pano e deixe descansar até dobrar de volume. Eu deixo dentro do forno desligado e se estiver calorzinho no dia, em menos de meia hora a massa tá pronta.

Faça bolinhas e, se quiser, recheie. Normalmente eu recheio com mussarela. Já tentei outros, mas esse é o que mais agrada. Sem recheio também fica ótimo, aí você pode fazer sanduichicnhos de salame, queijo, azeitona..hummmm
Voltando... Coloque as bolinhas prontas em assadeira untada. Deixe crecer mais um pouco e leve ao forno pré aquecido (200 graus) até dourar.

Só algumas observações... Se você não tem balança, não é o fim do mundo. Da última vez eu fiz na casa da mami , que não tem balança, e fui colocando a farinha até a massa ficar macia mas sem grudar. Mas posso dar um pitaco na sua cozinha? Se você gosta de cozinhar, compre uma balança! Minha vida ficou mais fácil depois que eu comprei a minha, que por sinal é super simples e custou R$30,00 na Rua Paula Souza (próxima à R. 25 de março) em São Paulo.
Na hora de fazer a bolinhas passe um pouco de óleo nas mãos, facilita muito.

Uma receita rende uns 18 pães, iguais a estes da foto.


Beijinhos e boa semana!!!

domingo, 20 de novembro de 2011

Ai que saudade do céu, do sal, do sol de Maceió!

Entendeu porque eu tô com saudade de Maceió?
Esse é o refrão de uma música que, nós turistas, ouvimos em Maceió o dia inteiro, em diversos ritmos diferentes: forró, pagode, samba, balada romântica...No fim a gente acaba rindo muito da situação e lógico, aprende a cantar a música...rs
Maceió é um lugar maravilhoso. Praias lindas com águas mornas, sol muito sol, camarões, sorvetes, tapiocas, sucos...aiai que saudade de Maceió!

No primeiro dia de viagem, passeamos pelas praias urbanas perto do hotel. Almoçamos no famoso Imperador dos camarões. O ambiente do restaurante era uma delícia, bem na beira da praia, super gostoso. Pedimos uma jarra de suco de pitanga que foi um dos sucessos da viagem. Muito, muito bom! Em todo lugar eu só queria suco de pitanga, mas esse foi o melhor de todos. Aqui no Sudeste é difícil achar pitanga, lá quase todos os lugares tinham o suco.


A indicação do restaurante era o chiclete de camarão. Uma amiga já tinha comentado que era uma delícia e quando nós chegamos tinha um poster enorme na frente do restaurante falando desse prato. A ideia não me apetecia muito mas nós achamos que era meio obrigatório experimentar. Eu realmente não gostei muito. É um prato enorme com camarões e um monte (leia um monte!) de queijo derretido em cima. Achei pesado e enjoativo. Acompanhava batata frita e arroz à grega. Ah e o garçom ainda teve coragem de falar que tinha que ser o prato pra duas pessoas. Nós comemos menos de 1/3!


 Como nós gostamos muito do ambiente voltamos lá num outro dia, mas à noite. Ai sim! Pedimos uma porção de camarão ao alho e óleo que vinha com purê de batatas e torradas.
Hum, comeria de novo!

Eu aproveitei e tirei foto dessa luminária (não muito pertinente a este blog, mas mesmo assim linda). Eram várias espalhadas pelo restaurante e cada uma tinha um motivo diferente. Fiquei apaixonada e teria comprado se eles vendessem...rs


Eu já não lembro exatamente o que nós comemos em cada lugar. Mas sempre que nós chegávamos numa praia o guia já avisava qual era o prato "forte" da região. 
Seguindo algumas dicas nós comemos caranguejo...

Com martelinho e tudo!

 Lagosta...

Polvo...





Claro que eu destaquei os melhores, sempre tem coisas que a gente come e não valem a pena fotografar (ou a blogueira tá com tanta fome que esquece da foto!). Os frutos do mar de modo geral eram bem gostosos e o que a gente mais comeu foi camarão: frito, assado, ao alho e óleo, empanado, bobó, com molho de tomate...e por ai vai.

Eu também gostei muito da tapioca. De acordo com os alagoanos a tapioca de lá é a melhor do Brasil. Se é a melhor, não sei, mas eu gostei muito da combinação carne de sol com queijo coalho e banana.



Depois que eu comi essa, queria tapioca todo dia!

Essa era com carne de sol, nós provamos a mesma combinação com charque.
Na minha cabeça era meio confuso, achei que charque e carne de sol era mesma coisa, mas o garçom me explicou: charque é a nossa carne seca e carne de sol não é comum no Sudeste, segundo ele.

Dei uma olhadinha no Wikepedia e olha o que encontrei:

"Apesar de possuírem processos parecidos há uma grande diferença no sabor. A carne-de-sol é ligeiramente salgada e depois colocada para secar em local coberto e ventilado. O processo de secagem é rápido e o interior da carne fica úmido e macio. Já a carne seca leva mais sal e é empilhada em locais secos para sua desidratação. Após a secagem da carne ela é estendida em varal ao sol para completar sua desidratação. A carne seca é bem mais salgada se comparada com a carne-de-sol."


Eu gostei muito mais da carne de sol, além de menos salgada era mais saborosa. 
Indicaram pra gente um restaurante que era especializado em carne de sol, o Picuí. Foi a melhor refeição da viagem! Recomendo muiiiiito, aliás eu diria que é imperdível. Nós gastamos R$ 100,00 por casal, com vinho. Não é super barato, mas acredite, em alguns lugares você gasta mais que isso, come menos e pior! Vale a pena!

Nós pedimos um Jirimum Arretado: carne de sol em cubos, puxada na manteiga de garrafa, servida na abóbora com um delicioso molho cremoso de queijo coalho. Olha eu não sei se o sabor era da carne, da manteiga de garrafa, mas era um sabor que eu nunca tinha provado, maravilhoso.


E ainda acompanha macaxeira e arroz

Esse restaurante também era lindo e tinha uma decoração bem diferente...
Dá uma olhada na pia do banheiro...

Diferente né!

Eu voltei viciada em suco de caju, coisa que eu não gostava antes (e segundo meu marido isso é ótimo, já que é o suco mais barato...rs). Claro que os sucos lá são todos naturais, o que faz muita diferença. Também tomei muito sorvete de sabores diferentes tipo tamarindo e atemoia. Muitas cocadas...Foi bom demais. Recomendo Maceió pra todo mundo agora!

E pra terminar deixo essas fotos de um cajueiro no meio do restaurante...



Boa semana!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bolo de banana


Eu amo sobremesas de banana. Esse bolo é um dos meus preferidos por ser fácil de fazer, sempre dá certo e fica molhadinho.
Pra mim ele é praticamente a definição de comfort food. Sabe aquela comida que te abraça, que alegra não só o paladar mas o coração também? Ou que faz a gente lembrar da comida da vó ou da mãe? Pois pra mim isso é comfort food!

Essa receitinha eu peguei com a tia Carmen há muito tempo e repito sempre que posso. Dessa vez fiz só meia receita por causa daquele esquema aqui em casa: o Luis come 2 e eu como o resto. Então pra eu não me entregar à tentação do bolo que tá logo ali na cozinha, diminui a receita, por isso ele ficou meio baixinho. Outra alteração que eu fiz dessa vez foi colocar castanha do Brasil. Claro que é opcional mas eu gosto quando tem uma consistência diferente no meio do bolo pra mastigar e além disso, combinou bastante.
A minha intenção era colocar amêndoa picada. Afinal depois de 5 ou mais (já perdi a conta) tentativas frustradíssimas de macarons eu tinha bastante amêndoa sobrando em casa. Minha surpresa foi encontrar um pacote de quase meio quilo mofado inteiro. Inteiro mesmo, verde, amarelo, rosa, era até bonitinho de ver o colorido. Elas deviam estar meio úmidas quando guardei e eu não percebi! Judieira, foi tudo pro lixo! A sorte é que tinha outra castanha!

Chega de choramingos! Vamos à receita:

Ingredientes:
3 ovos
3 bananas nanicas (já fiz com a prata e dá certinho)
1 xícara de leite
1/2 xícara de óleo
1 1/2 xícara de farinha de rosca
 1 1/2 xícara de açúcar (usei o cristal demerara)
1 colher de sopa rasa de fermento em pó
1 pitada de bicarbonato
1 colher de chá de canela (ou a gosto. Eu coloquei mais)
100g de castanha do Brasil (opcional)

Bata os ovos, as bananas, o leite e o óleo no liquidificador. Reserve.
Numa tigela misture os ingredientes secos, menos as castanhas.
Aos poucos junte a mistura líquida na seca. Adicione as castanhas.

Despeje em forma untada de buraco ou de bolo inglês. Leve ao forno médio pré-aquecido e faça o teste do palito pra ver se já está assado ( eu espero pelo menos uns 25/30 minutos antes de abrir o forno).

Depois de assado eu passei pra uma bandeja e polvilhei um pouco de canela e farinha de amêndoa (esta não tava mofada viu!).



Viu que fácil? Faz e me conta!

beijos

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Amei Manaus!

Encontro do Rio Negro com Rio Solimões

Foi uma surpresa boa. Nas duas semanas antes de viajar eu trabalhei muito, tive um monte de encomendas (graças a Deus!), queria deixar umas comidas congeladas pro maridinho que ia ficar meio abandonado, enfim, foi um ritmo tão frenético que eu não consegui pensar na viagem ou mesmo ler e pesquisar sobre o que ia ter de bom em Manaus.
É claro que ia ser bom de qualquer jeito, afinal eu fui até lá por causa do Rafa, meu irmão, mas Manaus se mostrou uma cidade bonita, alegre (como todas as cidades, tem lugares menos agradáveis aos olhos rs) , que me agradou muito pela mistura de natureza e modernidade, pelas pessoas simpáticas e calorosas e pela infinidade de sabores de sorvete...
Nem preciso falar que eu tomei baldes de sorvete ne? E que esses baldes associados com os camarõezinhos fritos (da parte 2 das férias em Maceió) me deixaram de herança uns quilos a mais. Enfim, isso é outra história, vamos falar de Manaus. Uma semana foi pouco para experimentar tudo que eu gostaria. Muitas coisas eu fotografei pra postar aqui sem provar. Muitas eu provei e não fotografei (afinal ficava chato ir jantar na casa de alguém e ficar tirando foto da comida!).


A primeira coisa que eu comi lá foi um caldinho de peixe chamado mujica. Lembra um pouco pirão de peixe. Eu me apaixonei e lotei meu caldinho de coentro. Lá tudo leva coentro e eu adoro! Mas engraçado que em casa eu não tenho hábito de usar porque eu não lembro de comprar.
O caldinho que eu comi e comi e comi

Depois do caldinho vieram pratos de peixes fritos e grelhados junto com batata frita, banana frita (lá banana frita acompanha quase tudo) e arroz.
Eu não fotografei os peixes, infelizmente, mas posso contar pra vocês que experimentei pirarucu, tucunaré, tambaqui... grelhados, fritos, assados, ensopados. Em geral eu não sou chegada em peixe ensopado mas o que mais me agradou lá foi um prato chamado caldeirada. Imagine o peixe ensopado com um caldo ralo, tipo água mesmo (lá eles não usam leite de coco, diferente de Maceió, que tuuudo levava coco e leite de coco...rs) com temperos, alguns legumes, ovos cozidos. Ai você come acompanhado de arroz e farinha de mandioca. Dá uma olhada na farinha...



A farinha de mandioca lá é granulada, os grãos parecem bolinhas mesmo. Quanto mais refinados os grãos, mais nobre a farinha. A mais refinada e mais fácil de comer é chamada de uarini. Os grãos são bem duros, mas misturados no caldinho (mujica) ou na caldeirada ficam mais macios e a combinação é perfeita.
Outra farinha legal é a de tapioca que dá pra fazer bolo, bolinho, pudim... Eu comi o pudim, trouxe 2 kg de farinha e assim que sair a receita conto pra vocês.


A farinha de tapioca também não parece com as farinhas que estamos acostumadas, são bolinhas brancas que lembram sagu.

Tem uma região lá que eles chamam de Manaus Moderna que é uma zona de comércio com bancas de feira, lojas e o Mercado Municipal de Manaus. As fotos das farinhas e das frutas foram tiradas no Mercado Municipal. Era até engraçado porque os donos das bancas me viam com a câmera na mão e já começavam a explicar o que eram os produtos e alguns até davam pra gente experimentar.

 


O artesanato de semente de guaraná é super comum lá (eu tenho um brinquinho!!! rs). Esse eu experimentei. O moço falou pra apertar a semente pra sair a casquinha, a parte brilhante, aí ficou essa bolinha na minha mão. Depois é só chupar. O gosto? Amargo, muito amargo, tem um fundo de guaraná, mas beeeem no fundo. Gostei não...


 Essa fruta amarelinha da esquerda chama abiu. Tinha árvore de abiu em todo lugar mas eu não experimentei porque sempre tava bichado! A fruta do lado é o jambo rosa. Quando eu era criança, na nossa chácara tinha um tipo de jambo que, na minha lembrança, era meio amarelado e tinha um gosto docinho, meio perfumado. Eu comprei esse achando que ia ser parecido, mas não era. Segundo o Rafa já tava fora de época, mas era um pouco perfumado, bem pouco.


Essa fruta engraçadinha é o jenipapo. Não tive oportunidade de provar, mas de acordo com meu irmão suco de jenipapo parece suco de ferrugem (que, aliás, eu também nunca provei).


Eu chutei abóbora e melancia mas o moço da banca me disse calmamente que é um melão rsrsrs, juro ele disse e falou pra eu cheirar. E tinha o melhor cheiro de melão que eu me lembro!


Essa frutinha chama tucumã...
Com casca

Sem casca    


Essa eu provei. Minha mãe acha lembra abacate. Eu e titia achamos que lembra coquinho. Sabe coquinho amarelo, bem pequeno com caroço grande, então parece isso. Mas você não imagina como eles comem tucumã em Manaus! No sanduíche! Isso, junto com queijo ou hamburguer. Ah e tem também tapioca de quijo coalho com tucumã!!! Interessante né!

Uma coisa que eu achei curiosa é que lá eles quase não comem salada verde, foi muito difícil de nós acharmos alface. Quando encontramos era um macinho micro que custava R$3,00! Ai eu entendi porque o Rafa quando vem pra SP e a gente pergunta o que ele quer comer ele pede salada! 

O que mais me deixava louca mesmo era a sorveteria. Eu sou fascinada por sorvete (eu ainda vou ter uma sorveteria Kitchen Aid!) e todos aqueles sabores incríveis! Até o de abacaxi lá era diferente. Mas o campeão foi o de cupuaçu! Eu tomei muito, muito! Teve um dia que eu fiz o Rafa entrar na sorveteria três vezes pra pegar mais sorvete pra mim! Gente, era bom demais! (entendeu agora os kgs a mais?)

Menos típico em Manaus e mais típico da minha família... a tia Clarice (tão famosa em Manaus como em SP!) organizou um jantar árabe para todos os missionários. Foi simples porque eram muitas pessoas, mas tava um espetáculoooo!






 Espero que vocês tenham gostado da voltinha por Manaus. Num outro post eu passo a receitinha do quibe e do tabule (a esfiha ainda não sei fazer...).
Daqui uns dias eu volto contando as mil maneiras de se comer camarão em Maceió!

Beijinhos e boa semana!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Polenta com molho de shitake


Dia desses conversando com a tia Carmen ela comentou que uma vez comeu num restaurante uma polenta com molho de shitake e adorou. Na hora achei que a combinação era estranha, mas fiquei curiosa pra arriscar. Foi sucesso total! Acho que shitake fica bom demais com  quase tudo!

Acredito que seja uma ótima opção aos vegetarianos além de prático, pois é prato único. Eu fiz só uma saladinha pra acompanhar.

Para a polenta:
250g de fubá (se você comprar o pré-cozido fica pronto mais rápido)
1 litro de água
Sal a gosto
Misture o fubá na água e mexa, mexa até seu braço ameaçar cair. Depois coloque mais um pouco de água.
Eu começo com 1 litro e depois vou colocando mais água até ficar com sabor de "fubá cozido" e na consistência que eu gosto (cremoso).
Eu sei que essa receita de polenta é meio subjetiva, mas eu já tentei fazer de vários jeitos diferentes e esse pra mim foi o melhor. Só uma curiosidade: uma vez vi em algum site polenta na panela de pressão. Achei genial porque não ia precisar me matar de mexer e ia ficar pronto rapidinho. Resultado: minha panela de pressão, que não é de teflon, ficou dias de molho e eu tive que usar muiiiiiito bombril porque quase deu perda total. Grudou tudo, queimou, empreteceu, foi um horror!
Voltando...assim que a polenta atingir a consistência desejada, despeje num refratário e prepare o molho.

Para o molho:
250g de shitake picado grosseiramente
2 colheres de sopa de manteiga
1 colher de sopa cheia de farinha de trigo
2 copos de leite
Em uma panela coloque a manteiga e o shitake . Refogue uns dois minutos e acrescente a farinha de trigo. Mexa bem e junte o leite. Tempere com sal e noz moscada e vá mexendo até engrossar.
Despeje o molho sobre a polenta cremosa, faça uma saladinha rápida e....almoço pronto!
A saladinha da foto é de alface americana, tomate cereja e kiwi, temperada com sal, azeite e vinagre balsâmico.
Receitinha fácil e diferente pra fugir da polenta com molho vermelho e carne moída (que eu também adoooooro!).

Beijinhos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Curry de lula


Não sei se vocês já repararam mas eu tenho um fraco por coisas indianas, principalmente comida.
Isso tem uma explicação, acho que é uma explicação... Meu tio é indiano e minha tia Carmen (irmã da tia Clarice) mesmo tendo sangue árabe faz comida indiana maravilhosamente bem. Desde pequena eu adorava ir na casa dela porque eu sempre sentia cheiro de curry...rsrs
Com as orientações dela eu consigo fazer vários pratos que agradam muito aqui em casa. Esse curry de lula pode ser feito com camarão ou mesmo carne e frango. Já fiz diversas vezes com frango e carne, mas o dia que resolvi tentar a lula...aiai, nós adoramos!!!!
O único cuidado no caso da lula e do camarão é que não pode cozinhar demais, cinco minutinhos são suficientes pra eles ficarem macios.

Vamos à receita:
Para duas pessoas você vai precisar de 500g de lula.
Separe os anéis de lula dos tentáculos (eu compro, aliás a mami compra pra mim, a lula fresca, limpa e já cortada em anéis e congelo em casa em porções para duas pessoas)

Pique 1 cebola e frite (eu gosto beeeem dourada). Junte um dente de alho amassado e uma colher de chá de gengibre ralado.
A única coisa que eu acrescentei por minha conta foi meia garrafinha de leite de coco (amo a combinação curry-leite de coco)

Adicione na panela: 
1 colher de chá de coentro em pó,
1/2 colher de chá de cominho em pó,
1 pedaço de pau de canela e uma pitada de pó de canela,
3 dentes de cravo,
1/2 colher de café de cúrcuma (é o que deixa amarelo).
Sal a gosto e pimenta caiena.
Coloquei também um pouco de curry (que nada mais é do que uma mistura dessas especiarias acima)

Frite tudo isso até sair um "cheiro de comida indiana" (boa sorte nessa parte..rsrs mas são orientações da dona da receita)

Junte os tentáculos da lula e uma colher de molho de tomate. Cozinhe por 2 minutos e acrescente os anéis. Coloque 1/2 copo de iogurte bem batido. Acerte o sal e a pimenta.

Sirva com arroz e saladinha. Dessa vez eu fiz com arroz integral mesmo, mas já comprei aquele arroz tailandês (arroz de jasmim) e da próxima vai ser com ele!
Se você tem restrição ou não gosta de comida muito apimentada é só omitir a pimenta e pegar leve no curry! Mas nós gostamos, então eu abuso!



Boa semana pra vocês!
Beijinhos